quarta-feira, 18 de maio de 2011

Horas e Minutos

Quem diria que há 3 dias 8 horas e 15 minutos aconteceria aquela tragédia?
Era um dia como todos os outros: acordei, fui trabalhar e voltei pra casa. Ela e eu tínhamos combinado um jantar, nos encontraríamos na minha casa às 19 horas.
Ela não chegava. Olhei para meu relógio e este marcava 19h15min, esperei mais um pouco, afinal, é normal se atrasar.
Até que vi no meu relógio. 20h. Comecei a me preocupar. Liguei pra ela. Sem resposta. Liguei de novo. Sem resposta de novo.
Ás 20h11min, decidi ir a casa dela. Era 20h16min, quando cheguei lá. Bati na porta. Gritei seu nome. Ninguém apareceu.
20h29min. Voltei para casa, esperando uma ligação dela. Depois de 17 min, ou seja, ás 20h46min, fui dormir.
Ás 21h02min meu telefone toca. Corro para atendê-lo, mas sem êxito.
Apertei o “Redial” ás 21h06min. Alguém atende. Eu digo “oi” e a outra pessoa fica calada. O telefone foi desligado ás 21h09min. Como não conseguia dormir, fiquei sentado.
De repente, ás 21h32min me liga novamente. Atendo. No outro lado da linha, uma pessoa falou o que havia ocorrido com a minha amada.
Ás 21h57min saio de casa e vou novamente a casa dela, onde, ás 22h chego. Bato na porta e logo, mais precisamente ás 22h02min, uma pessoa me deixou entrar. Presumi que fora a que falou comigo ao telefone, como presumi errado...
Entro na sala, era 22h03min, e a vejo. Ela estava ao lado da pessoa que me atendeu, um amigo dela que mal conhecia. Fico paralisado e não sabia o que fazer.
Ás 22h10min ela explicou tudo. Acabou de falar ás 22h19min. Desconsolado, sai de lá.
Ás 22h22min meu relógio para. E até hoje eu não tirei ele do meu pulso. Nunca esquecerei aquelas 3 horas e 22 minutos.


Arthur Ciol, 1° Delta

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Conto de um Ordinário

Confesso que nunca fui a pessoa mais criativa do mundo. Minhas redações da escola sempre tiveram as mesmas bases; minhas notas sempre foram medianas e por toda a minha vida eu fui um cara ordinário.

Não ordinário no sentido de sacana. Procurei no dicionário e achei que o sentido de ordinário é: comum, normal. Pois bem, sempre fui um garoto como qualquer outro. Trancava-me no quarto ou banheiro por motivos misteriosos, falava de mulheres mesmo sem nunca ter dado mais que um beijo em uma e tinha como destino me formar numa faculdade relativamente boa; ter uma vida confortável com uma mulher não muito bonita e filhos tímidos e de aspecto normal, assim como eu.

Acontece que há três anos, eu estava chegando à minha escola, onde cursava o terceiro ano, e por alguma arte do Destino, meu olhar encontrou uma garota. Ela era linda, conversava com os amigos gesticulando e arrumando a franja que teimava em cair sobre os olhos. Aquele tipo de menina nunca foi meu estilo; sabe como é, eu devia ficar com alguém tão comum quanto eu. Mas a vida é cruel e faz de tudo para nos tirar da nossa zona de conforto e nos propor desafios.

Obviamente, não fui falar com ela, sou tímido. O fato é que eu não conseguia desviar meus olhos e durante as aulas minha mente trabalhava em função da imagem da garota. Fui observá-la novamente no intervalo e me perguntava do que ela falava, como cheirava, se já tinha me notado alguma vez... Na saída, fui tomado por uma súbita coragem assim que a vi caminhando sozinha em direção ao portão.

Saí em disparada e toquei seus ombros macios, insisto em repetir que sou tímido e não tinha experiências com mulheres, não ria de mim quando revelar do meu assunto: falei do tempo. Ela foi gentil e manteve a conversa ativa, até que seus olhos se fixaram na esquina e ela parecia já não prestar atenção na conversa.

Quando olhei para frente, vi duas garotas se beijando na nossa frente e perplexo. Perguntei a minha acompanhante qual era o problema, e ela revelou que uma das garotas tinha sido sua namorada, e que não podia entender como ela havia superado o termino do relacionamento tão rápido.

Nós conversamos muito, eu a levei ao ponto de ônibus e em seguida fui pegar o metro. No caminho, desolado, fiquei pensando que talvez devesse voltar aos antigos planos de ser normal. Só que quando cheguei à minha rua vi um caminhão de mudanças na frente da casa vizinha e uma garota de lindos cabelos negros na porta e comecei a pensar que ser normal é chato demais.

Fui dar boas vindas a ela...


Bruna Tavares, 2º Alfa

quinta-feira, 5 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Camisetas 2011

Como todos sabem, o grêmio tem a tradição da venda de camisetas com estampas de várias causas. Esse ano não seria diferente: já estamos aceitando encomendas dos modelos disponíveis no blog, que custam 15 reais. Para conseguir a sua, é só entrar em contato com algum membro do grêmio ou pelo email gremioetesp2010@gmail.com.


As estampas são:


-Da praceta pra USP











-LGBT:






-Passe Livre:

-Etesp da Depressão:

-Praceta:



-Você é Bobinho:


Os vencedores do concurso:

-Juliana Gomes, 3º Beta


-Thiago Vasconcelos, 3º Alfa

-Pand, 2º Beta


-Cauê Batista, 3º Delta



















-Ian Chaves, 3º Delta





É isso ai, galera.