Era um dia como todos os outros: acordei, fui trabalhar e voltei pra casa. Ela e eu tínhamos combinado um jantar, nos encontraríamos na minha casa às 19 horas.
Ela não chegava. Olhei para meu relógio e este marcava 19h15min, esperei mais um pouco, afinal, é normal se atrasar.
Até que vi no meu relógio. 20h. Comecei a me preocupar. Liguei pra ela. Sem resposta. Liguei de novo. Sem resposta de novo.
Ás 20h11min, decidi ir a casa dela. Era 20h16min, quando cheguei lá. Bati na porta. Gritei seu nome. Ninguém apareceu.
20h29min. Voltei para casa, esperando uma ligação dela. Depois de 17 min, ou seja, ás 20h46min, fui dormir.
Ás 21h02min meu telefone toca. Corro para atendê-lo, mas sem êxito.
Apertei o “Redial” ás 21h06min. Alguém atende. Eu digo “oi” e a outra pessoa fica calada. O telefone foi desligado ás 21h09min. Como não conseguia dormir, fiquei sentado.
De repente, ás 21h32min me liga novamente. Atendo. No outro lado da linha, uma pessoa falou o que havia ocorrido com a minha amada.
Ás 21h57min saio de casa e vou novamente a casa dela, onde, ás 22h chego. Bato na porta e logo, mais precisamente ás 22h02min, uma pessoa me deixou entrar. Presumi que fora a que falou comigo ao telefone, como presumi errado...
Entro na sala, era 22h03min, e a vejo. Ela estava ao lado da pessoa que me atendeu, um amigo dela que mal conhecia. Fico paralisado e não sabia o que fazer.
Ás 22h10min ela explicou tudo. Acabou de falar ás 22h19min. Desconsolado, sai de lá.
Ás 22h22min meu relógio para. E até hoje eu não tirei ele do meu pulso. Nunca esquecerei aquelas 3 horas e 22 minutos.
Arthur Ciol, 1° Delta